Alibaba enfrenta queda nos lucros e desafios no e-commerce chinês, mas mantém crescimento na nuvem
16 Août 2024 - 12:42AM
Newspaper
No trimestre de junho de 2024, a Alibaba (NYSE:BABA) não atingiu
as expectativas de receita e lucro líquido, registrando 243,24
bilhões de yuans em receita e um lucro líquido de 24,27 bilhões de
yuans, ambos abaixo das projeções dos analistas. A receita cresceu
apenas 4% ano a ano, enquanto o lucro líquido caiu 29%, refletindo
uma queda nas receitas operacionais e aumentos em impairments de
investimentos. As ações da empresa listadas nos EUA fecharam em
alta de 0,09% a US$ 79,54 na quinta-feira (15).
A Alibaba também é negociada na B3 através da BDR
(BOV:BABA34). As ações BABA34 subiram 0,26%, ou mais R$ 0,04 por
ação, a um preço de fechamento de R$ 15,60 reais.
A competição acirrada e a cautela dos consumidores chineses têm
impactado o desempenho da Alibaba, especialmente em seu principal
negócio de comércio eletrônico na China.
As vendas no Taobao e Tmall, as principais plataformas do grupo,
caíram 1% em relação ao ano anterior, embora a empresa tenha
conseguido um crescimento de dois dígitos no valor bruto de
mercadorias transacionadas.
No entanto, os negócios de comércio eletrônico internacional da
Alibaba, incluindo Lazada e AliExpress, mostraram um desempenho
positivo, com um crescimento de 32% nas vendas em comparação ao ano
anterior.
A empresa tem investido pesadamente em inteligência artificial,
especialmente na sua divisão de computação em nuvem, que viu um
aumento de 6% na receita, o maior crescimento em dois anos.
A divisão de nuvem da Alibaba, considerada um potencial motor de
crescimento futuro, teve um aumento de 155% nos lucros ajustados
antes de juros, impostos e amortização (EBITA). Isso ocorreu apesar
da pressão de rivais como China Telecom e Huawei, que continuam
ganhando terreno no mercado chinês de computação em nuvem.
A empresa também passou por uma reestruturação significativa,
com mudanças na alta gestão e uma maior ênfase em melhorar a
eficiência operacional e focar em contratos de maior margem na
divisão de nuvem. Apesar dos desafios, a Alibaba continua
comprometida em fortalecer suas plataformas de comércio eletrônico,
planejando lançar novos recursos de monetização para impulsionar o
crescimento futuro.
O CEO Eddie Wu está liderando esforços para estabilizar o
negócio principal da Alibaba na China, enquanto a empresa tenta
recuperar participação de mercado de concorrentes como JD.com e PDD
Holdings. A estratégia inclui a redução da dependência das vendas
diretas e um maior foco em comerciantes terceirizados.
A margem operacional da Alibaba caiu para 15% no trimestre, em
comparação com 18% no ano anterior, refletindo os desafios de
manter a rentabilidade em um ambiente de forte concorrência e
desaceleração econômica.
A empresa intensificou as recompras de ações, investindo
recentemente US$ 25 bilhões em seu programa de recompra, numa
tentativa de aumentar o valor para os acionistas.
Os executivos da Alibaba, incluindo Wu, asseguraram aos
investidores que a lucratividade permanece uma prioridade, com a
expectativa de que a maioria das unidades da empresa atinja o ponto
de equilíbrio dentro de um a dois anos. A competição e a incerteza
econômica global continuam sendo fatores críticos para o desempenho
da Alibaba.
Por fim, a divisão internacional da Alibaba continua a ser uma
área de crescimento, apesar dos desafios em outros segmentos. Os
analistas continuam a monitorar a capacidade da empresa de
monetizar seus novos esforços, especialmente em mercados altamente
competitivos, como o de computação em nuvem e inteligência
artificial.
Alibaba (BOV:BABA34)
Graphique Historique de l'Action
De Déc 2024 à Jan 2025
Alibaba (BOV:BABA34)
Graphique Historique de l'Action
De Jan 2024 à Jan 2025