A Companhia de Concessões Rodoviárias
(CCR) teve prejuízo líquido de
R$ 133,2 milhões no quarto trimestre de 2021, uma piora em relação
ao resultado negativo de R$ 74,8 milhões, registrado no mesmo
período do ano anterior. Se considerada a mesma base de comparação,
a companhia teria apresentado um lucro de R$ 182,6
milhões.
A companhia, porém, teve de outubro a dezembro lucro líquido de
182,6 milhões de reais, ante prejuízo de 12,3 milhões um ano antes,
nas mesmas base de comparação.
Segundo a CCR, as diferenças entre esses comparativos têm a ver
com efeitos extraordinários, como o vencimento de algumas
concessões, como da Rodonorte (PR), que aceleram despesas com
depreciação e amortização.
Além disso, há o impacto dos novos projetos firmados no período,
cuja operação (e geração de receita) ainda não havia sido iniciada.
Durante o quarto trimestre, a CCR assinou os contratos das Linhas 8
e 9 da CPTM, com o governo paulista, e de dois blocos de aeroportos
(Sul e Central), com o governo federal.
Nas operações de mobilidade urbana e de aeroportos, embora a
recuperação também tenha ocorrido, ficaram cerca de 25% abaixo dos
níveis de 2019.
A receita líquida do grupo foi de R$ 2,8
bilhões, alta de 10,9% na comparação anual. No critério mesma base,
o indicador marcou R$ 2,6 bilhões. O lucro operacional ajustado
alcançou R$ 600,6 milhões no quarto trimestre, alta de 41,3% em
relação ao mesmo período de 2020.
O ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – ajustado somou R$ 1,46
bilhão no quarto trimestre, alta de 37,9% sobre igual período do
ano anterior. Com isso, a margem Ebitda ajustada ficou em 51,7%,
alta de 10,1 pontos porcentuais na mesma base de comparação.
A alavancagem, medida pela dívida líquida sobre o Ebitda
ajustado dos últimos 12 meses alcançou 3 vezes no quarto trimestre,
praticamente estável em relação às 2,9 vezes de um ano antes. O
ligeiro aumento se deve aos desembolsos de outorgas relativas aos
blocos aeroportuários Sul e Central, conquistados na 6ª rodada em
abril, e também à relicitação da Nova Dutra.
⇒ Investimentos
O investimento da CCR no quarto trimestre, somando as
controladas em conjunto, alcançou R$ 385,5 milhões. Conforme
balanço, as concessionárias que mais investiram no período foram
ViaSul, Linhas 8 e 9, RodoNorte e ViaCosteira.
Na ViaSul, houve desembolsos principalmente com duplicações em
trechos da BR-386, recuperação de pavimento, finalização de obras e
equipamentos de tecnologia e sinalizações. Nas Linhas 8 e 9, o
aporte foi destinado principalmente à compra de equipamentos e
adiantamentos a fornecedores.
Os investimentos da RodoNorte foram focados em duplicações em
múltiplos trechos da BR-376. Já os investimentos da ViaCosteira
tiveram foco na finalização das bases operacionais e de
atendimento, equipamentos de tecnologia e sinalizações, e ainda, na
conservação geral.
Para este ano, a CCR projeta investir cerca de R$ 4 bilhões,
ante aproximadamente R$ 1,7 bilhão no ano passado.
Os resultados da CCR (BOV:CCRO3)
referente suas operações do quarto trimestre de 2021 foram
divulgados no dia 24/02/2022. Confira o Press Release completo!
Teleconferência
A CCR disse em 2022 terá um incremento na execução do
investimento de R$ 4,2 bilhões previsto para 2022, devido à
inflação de custos para matérias-primas como aço, asfalto e outras
bastante utilizadas pela companhia, disse o diretor Financeiro e de
Relações com Investidores, Waldo Edwin Perez Leskovar, na
teleconferência para analistas realizada na manhã dessa
sexta-feira.
“Queremos investir em multimodais, atrair os melhores talentos,
motivação estratégica. No entanto, continuaremos fazendo a alocação
de capital com disciplina”, comentou.
A CCR ressaltou que o plano estratégico da companhia no Brasil
são as concessões: “Nosso foco está na mobilidade urbana,
aeroportos e rodovias”, disse Perez.” E ainda esperamos muitas
desestatizações para esse ano.”
Segundo ele, a retirada do Aeroporto Santos Dummont da sétima
rodada de concessões não altera o interesse da iniciativa privada.
“Nosso ativo-âncora é Congonhas, que é bastante estratégico. Os
aeroportos regionais que estão incluídos nesse bloco se integrariam
à nossa malha”, disse o diretor financeiro.
Para o executivo, o transporte sobre trilhos foi destaque nos
resultados do ano passado. “Em 2021 ganhamos concessões de 15
aeroporto na sexta rodada, mais o novo contrato de concessão da
nova Dutra e das linhas 8 e 9 da CPTM, figurando agora em uma
posição muito forte no transporte metropolitano sobre trilhos em
São Paulo.”
A companhia ainda sentiu impacto da pandemia, mas apesar desse
fator, registrou um resultado robusto, fruto da sua gestão de
custos. A parte positiva do desempenho foi o efeito do crescimento
de 4% no tráfego de veículos leves e de 1% nos veículos pesados nas
rodovias sob sua concessão em 2021, disse a Superintendente de
Relações com os Investidores Flavia Godoy.
Além disso, a executiva acrescentou que a companhia está
entrando em um ciclo de investimentos decorrente dos projetos que
foram conquistados em 2021, referindo- se às concessões
aeroportuárias que conseguiram no ano passado.
VISÃO DO MERCADO
BTG Pactual
Os resultados do quarto trimestre da CCR ficaram em linha com
nossas estimativas. Mais precisamente, a receita líquida pró-forma
(sem construção) foi de R$ 3mdskmlkdnvkljmgni0 bilhões (+12% a/a;
em linha) e o EBITDA ajustado pro forma foi de R$ 1,6 bilhão (vs.
R$ 1,1 bilhão no ano passado; em linha).
Na mesma base de comparação (sem ViaCosteira e RodoNorte), o
EBITDA ajustado foi de R$ 1,5 bilhão (ainda em linha com o nosso).
Por último, o lucro líquido foi de -R$ 133 milhões (vs. -R$ 75
milhões no ano passado e nossa estimativa de -R$ 26 milhões),
impactado pelo aumento da variação monetária dos empréstimos.
Na mesma base de comparação, o lucro líquido foi de -R$ 12
milhões, melhor do que nossos -R$ 26 milhões.
Itaú BBA
A CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) divulgou resultados
no quarto trimestre em linha com as nossas expectativas. A receita
líquida veio estável, enquanto a margem Ebitda (medida de
rentabilidade de uma empresa) foi pressionada pelo fim da concessão
da Rodonorte e despesas com novos projetos adicionados ao portfólio
da companhia ano passado, mas que ainda não estão gerando
receita.
O lucro líquido também foi pressionado, pelo aumento da
depreciação e das despesas financeiras.
O tráfego nas concessões rodoviárias apresentou crescimento
de 7% em relação ao mesmo trimestre de 2020. Se excluirmos as
concessões Via Costeira e Rodonorte, a fim de deixarmos o número
comparável, o tráfego cresceu 2,5% e 3% em relação ao mesmo
trimestre de 2020 e ao terceiro trimestre de 2021,
respectivamente.
Apesar da melhora no tráfego, a receita bruta de rodovias teve
queda de 7% e 4% em relação ao mesmo período de 2020 e ao trimestre
anterior, respectivamente. Esta queda é explicada pela retenção de
parte da receita da NovaDutra pelo poder concedente desde Fevereiro
de 2021, devido à extensão do contrato até Fevereiro de 2022.
A receita consolidada da CCR foi novamente ajudada pela receita
dos aeroportos, ativos de mobilidade urbana e outras operações
administradas pela CCR, que apresentaram crescimento de 28% em
relação ao mesmo período de 2020.
Entretanto, destacamos que ainda existe espaço para melhorias
nestas operações, uma vez que aeroportos e ativos de mobilidade
urbana ainda estão, respectivamente, com número de passageiros 27%
e 35% inferior aos níveis registrados antes da pandemia.
Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$
16,50…
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
CCR ON (BOV:CCRO3)
Graphique Historique de l'Action
De Juin 2024 à Juil 2024
CCR ON (BOV:CCRO3)
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De Juil 2023 à Juil 2024