A Eletrobras reportou lucro líquido de R$ 331 milhões no
primeiro trimestre de 2024, queda de 19% na comparação anual. O
lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda,
da sigla em inglês) somou R$ 4,620 bilhões no trimestre, queda de
6% ante igual período do ano anterior.
O Ebtida ajustado, caiu 19% no trimestre, para R$ 4,505 bilhões.
A margem Ebitda alcançou 53% no período, queda de 0,1 ponto
porcentual (p.p.) na base anual, enquanto a margem Ebitda ajustada
caiu 8,5 p.p. no período, para 52%.
A receita operacional líquida da Eletrobras no mesmo intervalo
atingiu R$ 8,718 bilhões, 5% inferior à observada no primeiro
trimestre de 2023. A receita com geração totalizou R$ 5,933
bilhões, alta de 10% em um ano. No segmento de transmissão, a
receita totalizou R$ 4,559 bilhões, elevação de 5%.
A dívida líquida ajustada da Eletrobras ficou em R$ 42,966
bilhões ao final de março, 17% maior ante o mesmo intervalo de
2023. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda
recorrente, alcançou 2,4 vezes no trimestre, de 18% na base
anual.
No primeiro trimestre, a geração de energia foi de 44.521
gigawatts hora (GWh), redução de 0,7% em base anual de
comparação.
Os resultados da Eletrobras (BOV:ELET3)
(BOV:ELET5)
(BOV:ELET6)
referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2024 foram
divulgados no dia 09/05/2024.
Teleconferência
O problema vem desde antes da privatização da Eletrobras. Mas
agora parece que a companhia já não vê outra solução a não ser a
troca do controlador.
É o que ficou manifestado na teleconferência de resultados do
1T24 da ex-estatal, realizada nesta quinta (9), quando o tema
Amazonas Energia veio à tona.
Segundo o CEO Ivan Monteiro, a Eletrobras tem um total de R$ 10
bilhões a receber da distribuidora. A não contabilização no 1T24 de
R$ 432 milhões no caixa da empresa por conta de inadimplência
recente teve impacto negativo relevante no balanço, de acordo com a
companhia.
“A gente está adotando todas as providencias de natureza
jurídica, cobrando os nossos créditos que tão inadimplidos. Há um
conjunto de interlocuções com a Aneel e com o MNE (Ministério de
Minas e Energia)”, comentou o CEO.
Histórico de problemas
A Amazonas Energia foi privatizada em 2018 pela Eletrobras e
arrematada pelo consórcio Oliveira Energia. A distribuidora atende
o estado do Amazonas e construiu um histórico de problemas com a
Eletrobras, supridora de energia à empresa, bem como com seus
clientes consumidores.
“De fato, nós temos judicializado as execuções contra a Amazonas
Energia em mais de três quartos do valor da dívida que ela tem com
o grupo Eletrobras. Processos de cobrança estão em andamento”,
disse Marcelo de Siqueira, vice-presidente Jurídico da
companhia.
“Nós iremos sim adotar medidas legais mais incisivas com o
objetivo de cessar essa situação de inadimplência corrente e também
buscar os créditos passados que estão inadimplidos com o grupo
Eletrobras”, afirmou.
Retorno à inadimplência
Rodrigo Limp, vice-presidente executivo de Regulação e Relações
Institucionais, explicou que depois de um período em que a
distribuidora manteve adimplente com a despesas correntes, ela
retornou à inadimplência em novembro do ano passado, com
recomendação inclusive de caducidade da Aneel após o ocorrido.
“Como não há nenhum pagamento para a Eletrobras, estamos
buscando diversas medidas judiciais e também medidas regulatórias.
Temos medidas especificas para mitigar nossa exposição no Amazonas,
e conseguimos alguns avanços em 2023”, afirmou.
Transferência de controle
“Todas elas (as tratativas) passam pela transferência do
controle da empresa, seja por transferência negocial ou por um
processo de caducidade ou por uma intervenção”, disse.
Limp comentou que foi elaborado um relatório em torno do assunto
pelos órgãos competentes. “É destacado nesse relatório a
necessidade, que bate com a nossa visão, de que para ter novo
controlador, são necessárias medidas de flexibilização
regulatórias, que precisam de medidas legislativas. É o caminho que
o grupo de trabalho sinaliza”, explicou.
“A nossa expectativa é que saiam propostas que flexibilizem os
parâmetros regulatórios para a entrada de um novo controlador. Em
especial, depois da recomendação da caducidade da Aneel. O atual
controlador vem tendo uma crescente perda de condições da prestação
do serviço, o que pode trazer consequências na qualidade do
fornecimento de energia”, complementou.
A Eletrobras afirma que vê crescente preocupação da Aneel e do
Ministério das Minas e Energia para o problema da Amazonas
Energia.
“A gente trabalha na troca de controle e busca judicialmente e
regulatoriamente recebimento de recursos que são direito da
Eletrobras”, reafirmou.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
ELETROBRAS PNA (BOV:ELET5)
Graphique Historique de l'Action
De Fév 2025 à Mar 2025
ELETROBRAS PNA (BOV:ELET5)
Graphique Historique de l'Action
De Mar 2024 à Mar 2025