A Embraer anunciou novos investimentos na expansão da sua rede de serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO, na sigla em inglês) para jatos comerciais no Texas. As novas instalações tem objetivo de apoiar a frota de E-jets no país, com novo centro de serviços próprio no o Aeroporto Perot Field Alliance, em Fort Worth, no Texas.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:EMBR3) nesta terça-feira (15).

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A expectativa da companhia é de iniciar operações no primeiro trimestre de 2025, em parceria com a cidade de Fort Worth, com o Condado de Denton e com o Estado do Texas. Há previsão de um segundo hangar que será construído até 2027.

A Embraer prevê aumento de 53% na capacidade de atendimento aos clientes de E-jets nos EUA e investirá até US$ 70 milhões (R$ 396 milhões, segundo cotação de fechamento de terça-feira) na empreitada. A iniciativa também envolve a criação de 250 novas vagas qualificadas para aviação no Texas. A nova instalação se soma aos 80 centros de serviços autorizados e 12 centros de serviços próprios da Embraer pelo mundo.

“Estamos entusiasmados com a aprovação final para essa expansão tão importante para nossos negócios de MRO. A operação apoiará nosso investimento contínuo no mercado dos Estados Unidos”, afirma Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.

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(BOV:EMBR3) tem:

📈 1ª Resistência: 50,84
📉 1° Suporte: 45,05

💲 Cotação no momento: Embraer 2,21%, negociada a R$ 46,70

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VISÃO DO MERCADO

As ações da Embraer são mais uma vez destaque de alta na sessão desta quarta-feira (16), com novos desdobramentos positivos para a fabricante de jatos. Às 14h31 (horário de Brasília), os ativos subiam 5,98%, a R$ 48,42.

Em relatório chamado “sem medo de altura”, o Itaú BBA reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ADRs (recibo de ações negociados nos EUA) da companhia, com preço-alvo de US$ 43, apesar da alta de 110% no acumulado do ano de EMBR3 e de 82% do ADR ERJ.

O BBA destaca: (i) o ambiente competitivo favorável (pares do setor enfrentando recuperação, greve de trabalhadores e restrições na cadeia de suprimentos), (ii) demanda favorável (aviação ainda em ciclo ascendente, favorecendo aeronaves de fuselagem estreita) e (iii) espaço para melhoria do backlog (carteira de pedidos) tanto por meio de pedidos quanto de margens (entregas em 2024 totalizando, sem dúvida, cerca de 80% da capacidade e com melhora na lucratividade), que provavelmente apoiarão o momentum das ações.

Para os analistas do banco, existem apenas três OEMs (Fabricante Original do Equipamento) autorizados a construir aeronaves comerciais que podem voar em todas as partes do mundo: Boeing, Airbus e Embraer.

Os dois primeiros players estão enfrentando problemas operacionais, que podem variar de turnaround (reviravolta) gerencial e greves de trabalhadores a restrições na cadeia de suprimentos; e restrições de capacidade, pois seu backlog está próximo de 10 anos.

“Além de tudo isso, a Embraer, após concluir seu turnaround (virada) após a quebra do acordo da Boeing em 2020, está operando com muito menos restrições (backlog de 4 anos) e ainda abaixo de sua capacidade total (entregas comerciais de 76 aeronaves em 2024 versus capacidade de 105)”, ressalta o BBA.

O banco também ressalta a natureza cíclica positiva, com os dois principais gatilhos para uma desaceleração (recessão econômica global e/ou excesso de capacidade de aeronaves) longe no momento. “Pelo contrário, prevemos que o ciclo funcionará a favor da Embraer, com a aviação comercial se beneficiando do aumento de pedidos, principalmente de transportadoras regionais e de baixo custo que normalmente encomendam aviões de fuselagem estreita. Além disso, prevemos uma perspectiva positiva para o setor de Defesa, pois a aceitação da aeronave KC-390 continua a crescer. Os segmentos Executivo e de Serviços também estão experimentando desempenho máximo”, afirma.

Para os analistas, “o avião finalmente decolou” e a Embraer está prestes a entrar em um novo capítulo em sua história de ações.

“Até agora, a maior parte do rali de 300% visto desde suas mínimas em 2022 foi impulsionada por uma reclassificação das ações. Acreditamos que agora as ações devem se mover de acordo com as revisões de consenso para cima (que foram mínimas até agora) e o desenrolar de suas entregas operacionais”, diz o BBA.

Além disso, ainda há amplo espaço para o consenso melhorar. Na aviação comercial, a orientação para entregas em 2024 é de 76 aeronaves, com uma capacidade potencial de 105 (comparado a uma alta histórica de 108 em 2016). A margem Ebit (Ebit = lucro antes de juros e impostos/receita líquida) é de 1,2% nos últimos doze meses, com potencial para margens de um dígito médio a alto. Assim, o banco tem uma visão positiva para a ERJ e a coloca entre as principais escolhas no setor (junto com WEG – WEGE3 – e Marcopolo – POMO4).

Olhando para o 3T24, o BBA espera que a Embraer faça 16 entregas para a divisão comercial e 37 entregas para a divisão executiva. Isso deve ser acompanhado pela manutenção do nível de lucratividade visto no 2T24 pela empresa, o que o banco vê como a principal fonte de risco de alta no curto prazo. “Além disso, antecipamos uma mensagem positiva da administração durante a teleconferência da empresa sobre a geração de caixa para o 4T24, apoiada pela sazonalidade favorável e pela indenização de US$ 150 milhões da Boeing (US$ 100 milhões líquidos)”, avalia.

Ainda no radar da companhia, a Embraer anunciou nesta quarta novos investimentos na expansão da sua rede de serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO, na sigla em inglês) para jatos comerciais no Texas. As novas instalações tem objetivo de apoiar a frota de E-jets no país, com novo centro de serviços próprio no o Aeroporto Perot Field Alliance, em Fort Worth, no Texas.

A expectativa da companhia é de iniciar operações no primeiro trimestre de 2025, em parceria com a cidade de Fort Worth, com o Condado de Denton e com o Estado do Texas. Há previsão de um segundo hangar que será construído até 2027. A Embraer prevê aumento de 53% na capacidade de atendimento aos clientes de E-jets nos EUA e investirá até US$ 70 milhões.

“A notícia é positiva para a Embraer, pois a empresa expande sua capacidade de MRO, que pode aumentar as receitas de serviços e melhorar seus serviços para clientes de E-jets”, ressalta o Bradesco BBI, que tem recomendação outperform, com preço-alvo de US$ 40.

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